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San Andrés em oito dias

Idioma: Espanhol e inglês l Moeda: Peso Colombiano COPs l País: Colómbia

San Andrés em oito dias

San Andrés é uma pequena e encantadora ilha caribenha, pertencente ao Arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina com extensão de 26 km². Não há necessidade de visto para brasileiros, apenas passaporte válido por no mínimo 6 meses.

Vou contar um pouco sobre minha viagem a San Andrés no réveillon de 2015 com meu namorado. Foram oito dias incríveis, que ultrapassaram nossas expectativas! Descreverei a viagem em cada dia para poderem ter uma dimensão do que se pode fazer em oito dias na ilha do mar de sete cores.

Começando pelo ponto mais importante em uma viagem para San Andres: a localização da hospedagem. O melhor local para se hospedar é no nordeste da ilha, – felizmente foi onde escolhemos – onde está localizado o centro comercial com diversas lojas, o Banco Bogotá e o Banco Colómbia, mas a grande vantagem de se hospedar nesta parte da ilha é…

poder caminhar pela orla norte e curtir a praia Spratt Bight. Os passeios realizados de barco para as pequenas ilhas, como Jonny Cay, Cayo Bolí­var, El Acuario, Haynes Cay, Providência e Santa Catalina saem do nordeste da ilha, em frente à Casa da Cultura, logo, estando nessa região, tudo fica mais fácil.

Primeiro dia

Nosso voo partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão às 6:30 com conexão em Lima e Bogotá, com fuso horário de -3 horas, chegamos a ilha de San Andrés com horário local de 21:15. A saída do aeroporto foi bem rápida e não tivemos nenhum contratempo na imigração, diferentemente do que haví­amos lido em relatos na internet. O aeroporto fica em torno de 7 min de taxi do centro e o valor cobrado é tabelado em 14 mil COP.
Chegamos ao hotel, deixamos as malas, e fomos para a orla norte na praia Spratt Bight que já estava em festa, a grande maioria com roupas brancas tomando alguma bebida (muito Coco Loco), embalados por um ritmo musical colombiano animadíssimo aguardando os fogos da virada. Logo na primeira noite já estávamos encantados com paraí­so, mesmo antes de ver o mar de sete cores com seu sol gigante!

Playa Playa Spratt Bight

Segundo dia

Acordamos e fomos ver o mar, encantador! O Mar do Caribe realmente tem sete tons de azul! Aproveitamos para tomar café da manhã no Juan Valdez, que é um atrativo especial para quem gosta de café (tem um Juan Valdez bem na orla de Spratt Bight s2). Nos ambientamos sobre o local que estávamos hospedados (um flat com vista para o mar em frente ao Banco Bogotá). A praia de Spratt Bight fica no norte da ilha, onde está também o centro comercial. Escolhemos o final leste da praia com muitas palmeiras e sombra, em frente ao Beer Station (local excelente para tomar um chopp/limonada de coco e comer um sanduíche ao anoitecer). Fizemos snorkel e curtimos o clima caribenho (uma dica é levar direto do Brasil o snorkel, usamos todos os dias).
Em Spratt Bight conhecemos um casal de brasileiros e juntos decidimos fazer um passeio, o destino escolhido foi Rocky Cay, que é uma pequena ilha de corais onde é possí­vel ver uma embarcação naufragada. Saí­mos do centro em direção ao local e utilizamos o táxi como meio de transporte. Ao chegarmos à  praia foi fácil encontrar lockers (pagamos 5 mil COPs) para guardar os objetos e ir mergulhar. Sapatilhas são essenciais para realizar a travessia da praia para a ilha onde se pode tirar fotos com o navio naufragado. Na praia também tem a opção de utilizar o day use do Decameron, que é um dos maiores resorts da América Latina, onde você paga 45 mil COPs e pode usufruir das cadeiras de praia, chuveiros, banheiros, comida e bebida a vontade. Para quem vai passar o dia todo no local é uma boa opção. A travessia até a ilha é bem tranquila podendo ser realizada por pessoas de qualquer idade. Durante o trajeto é possí­vel fazer snorkel e aproveitar a beleza do local.

Terceiro dia

No terceiro dia na ilha decidimos fazer o passeio até El Acuario e Haynes Cay. O custo do passeio foi de 20 mil COPs e a embarcação sairia às 14h. Para almoçarmos, escolhemos o Restaurante Miss Celia, que está bem classificado no Trip Advisor e também foi muito recomendado pelos residentes da ilha. Trata-se de um restaurante típico de comida caribenha. Experimentamos o prato mais tí­pico da ilha, o Rondon, prato composto por peixe, inhame, fruta-pão, caracol, batata e arepas, para beber a escolha foi limonada de coco (me apaixonei por essa bebida), estava tudo muito saboroso e o atendimento foi excelente. Com certeza é um restaurante de visita obrigatória a todos que irão para San Andrés. Terminado o almoço partimos para a casa da cultura e pegamos nossa embarcação para o Acuario, que é uma piscina natural onde é possí­vel fazer snorkel e observar os peixes e arraias. Existe a opção de guardar os objetos por 5 mil COPs. No local também experimentamos o famoso Coco Loco, um coquetel de origem caribenha, mas que em cada paí­s tem sua própria receita, em San Andrés a bebida é feita com três partes iguais de vodka, tequila e rum mais suco de limão e creme de coco. Depois de fazer snorkel fomos até Haynes Cay, uma ilhota vizinha ao Acuario, fizemos a travessia caminhando pela água e curtindo o visual. Essa ilhota é bem menos movimentada, lugar ideal para relaxar.

Quarto dia

No quarto dia ficamos por conta de conhecer o comércio da ilha, que funciona em um horário diferente do nosso, onde maioria das lojas abrem as 9hrs e fecham as 13hrs, reabrem novamente às 15hrs e fecham as 20:30h. Andando pelas ruas é possí­vel ver uma enorme variedade de lojas de perfumes e roupas para todos os gostos. Estávamos em busca de um carrinho de golfe para dar a famosa volta a ilha, o preço médio pelo aluguel estava em 170 Mil COPs, mas encontramos alguns vendedores oferecendo a 200/210 mil COPs, por isso indicamos que faça uma comparação de preços antes de fechar qualquer negócio na ilha, pois há grande variação de preço para o mesmo produto/serviço. Para almoçarmos optamos pelo renomado restaurante La Regatta, que também oferece comida caribenha, sendo que o prato carro-chefe são as lagostas. Recomendadíssimo, lugar agradável com vista para o mar e comida saborosa. O lugar é tão bom que para garantir a entrada é necessário realizar reserva antecipadamente, no nosso caso fomos com meia hora antes de abrir e conseguimos garantir a melhor experiência gastronômica da ilha! Realmente o La Regatta merece o título de número 1 da ilha pelo Trip Advisor. 5 estrelinhas pra eles!

No fim de tarde aproveitamos novamente as areias de Spratt Bight onde haviam muitos praticantes de kitesurf curtindo o quente verão caribenho.

Lagosta – La Regatta

Quinto dia

Acordamos cedo, por volta de 7hrs, pois, já tínhamos programado de fazer o passeio até a ilha de Cayo Bolí­var e como tínhamos pesquisado no dia anterior conseguimos comprar os tickets por 150 mil COPs cada, sendo que alguns vendedores estavam vendendo a 180 mil. São muitos os vendedores pela ilha e a todo momento abordam os turistas para oferecer um ticket..

A travessia de barco até a ilha dura em torno de 40 minutos e digamos que é com bastante adrenalina, sim, adrenalina demais! O barco praticamente voa devido as grandes ondas e a maioria dos tripulantes chegam a Cayo Bolí­var ensopados. Para quem não tem problemas com enjoo a ida é bem divertida e diferente de todos os passeios que San Andrés oferece. É uma ilha deserta e com uma vista incrí­vel do mar de sete cores. Pode-se alugar guarda-sol, snorkel e sapatilha, mas como já recomendamos, o ideal é ter seu próprio snorkel e sapatilha já que são essenciais para a maioria dos passeios da ilha. Ao chegar em Cayo Bolívar o guia oferece um passeio de snorkel com tubarões por 10 mil COPs por pessoa e sem dúvidas foi o melhor snorkel que fizemos. Nessa “volta” a ilha de Cayo Bolí­var além de nadar com tubarões é possível observar a extensa barreira de corais, que está entre as 3 maiores do planeta. Além de toda a beleza do local, estava incluso no passeio: café da manhã (sanduiche, água e refrigerante), um almoço delicioso com direito a pescado (muito fresco), patacones, salada e fruta-pão. O esquema desse passeio era open bar, bebidas a vontade, cerveja Aguila, água e refrigerante. Cayo Bolívar é imperdível, então assim que chegar na ilha procure saber sobre esse passeio, pois dependendo das condições do mar ele passa semanas sem acontecer. Retornamos às 17hrs, e claro, a volta também foi emocionante!

Sexto dia

Alugamos uma mulita (um carrinho de golfe potente) para finalmente darmos a volta à ilha. Esse passeio é indispensável e talvez o mais divertido pela liberdade que a mulita oferece. Saí­mos do centro em direção a West View e conseguimos conhecer vários pontos turí­sticos ao redor da ilha, passamos pelas praias de San Luis, El hoyo soplador, La Piscinita, Cove Bay e Cueva de Morgan. Paramos para almoçar em um restaurante indicado pelos simpáticos islenhos, chamado Los Bohios, próximo a praia de San Luis, onde servem um pescado delicioso, que comemos acompanhados de um gatinho que nos olhava próximo a mesa! Logo partimos para West View, um lugar muito interessante, com trampolim e um tobogã com queda livre direta no mar, espreguiçadeiras e restaurantes. West View é um dos melhores lugares para prática de snorkel devido a profundeza e transparência da água. O valor da entrada foi de 4 mil COPs por pessoa com direito a um pouco de pão para alimentar os peixes. Desfrutamos muito do local e por volta das 17h decidimos voltar para poder entregar a mulita até as 18Hrs… no caminho de volta paramos em uma barraquinha e pegamos alguns pasteis de caranguejo para curtir o pôr-do-sol. Lógico que chegamos atrasados para entregar a mulita, mas o senhor que nos atendeu foi super simpático e ficou tudo certo 😀

Sétimo dia

Para completar todos os famosos passeios da ilha, nos faltava conhecer Johnny Cay, que é uma pequena ilha ao norte, que pode ser avistada a partir da praia Spratt Bight. Para entrar na ilha, que é uma reserva ambiental, é necessário pagar uma taxa de 5 mil COPs. É possí­vel dar a volta a ilhota de Jonny Cay caminhando em 20 minutos. A infraestrutura é ótima, com espreguiçadeiras, guarda-sol e restaurantes. Possui um parque regional que leva o próprio nome, Parque Regional Johnny Cay, onde é possível observar iguanas, a famosa lagartixa da ilha, tartarugas e descansar sob os coqueiros. Algumas pessoas compraram o passeio de Jonny Cay junto com Acuario, mas achamos melhor conhecer os destinos em dias separados.

Iguana em Johnny Cay

Oitavo dia

No último dia, felizmente já estávamos com a sensação de termos visitado todos os lugares que querí­amos conhecer na ilha – acredito que uma semana na ilha é o suficiente para conhecer tudo – relaxamos, acordamos tarde e fomos tomar nosso último café da manhã no Juan Valdez, apreciar o último Granizado (café gelado com chocolate) e percorrer as ruas do centro para realizar as últimas compras. Alguns islenhos haviam nos indicado conhecer um restaurante de pescadores da ilha, que fica no norte, no final da ponta oeste da orla, o nome é El Pescadero, lugar simples, com o peixe mais fresco que se pode provar na ilha, literalmente o peixe estava vivo, escolhemos o peixe e o cozinheiro foi preparar com patacones e arroz de coco. O restaurante fica dentro de uma pequena vila de pescadores, vale a pena conferir!
San Andrés é um tesouro do Caribe! Ilha extremamente bela, com excelente gastronomia, povo simpático. Um destino que agrada todos os gostos! Espero um dia voltar e viver tudo novamente!

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