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O que fazer em Las Vegas? Nossa viagem em casal!

Vou contar um pouco sobre minha viagem à  Las Vegas com meu namorado. Foram 6 dias lá, sem contar o dia de ida e volta. Estávamos muito ansiosos, pois, além de ser nossa primeira viagem ao exterior, não tí­nhamos o inglês fluente. Nossa viagem começou muito antes da chegada em Las Vegas. Desde a escolha do hotel, pesquisa de pontos turí­sticos, passeios que poderiam ser feitos, tudo isso já nos dava a

adrenalina da viagem.

Las Vegas é concentrada em uma rua principal, a Las Vegas Boulevard, também conhecida como Strip. É nela que está a maioria dos mais luxuosos hotéis da cidade. Escolhemos, então, um hotel que fosse o melhor custo benefí­cio para nós, o Stratosphere. Haví­amos planejado um roteiro que envolvia todos os hotéis da rua principal com suas respectivas atrações, visita ao Grand Canyon e um “bate-volta” na Califórnia para conhecer os principais pontos turí­sticos. Mal sabí­amos, até então, que Las Vegas é surpreendente e fascinante, e que esse roteiro não seria seguido í  risca. Tudo naquela cidade é atração. Os hotéis são enormes e a visitação é imperdí­vel para os turistas. A entrada em todos eles é livre e sem custo. Todos contam com os fascinantes cassinos que são peculiares da cidade. Descreverei a viagem dia a dia para que tenham noção do quão magní­fico, encantador e surpreendente é Las Vegas.

1º dia:

Saí­mos do Rio de Janeiro com conexão em São Paulo e Atlanta. Haví­amos nos informado sobre o enorme aeroporto de Atlanta e mesmo assim nos surpreendemos. O caminho entre o desembarque e embarque é feito de metrô. Nossa primeira compra no referido aeroporto foi uma garrafa de água no valor de 3 dólares. Esta compra foi o suficiente para que nosso cartão fosse bloqueado.

Nosso dinheiro estava praticamente todo nesse cartão, pois haví­amos comprado dólar de um amigo que nos deu o cartão para que retirássemos o dinheiro nos Estados Unidos. Ficamos desesperados sem saber o que fazer. Ligamos para o Brasil e esse nosso amigo ficou de tentar resolver. Após isso, embarcamos de Atlanta para Las Vegas. Chegando em  Las Vegas, ficamos tão eufóricos que não conseguí­amos nem ao menos localizar nossa bagagem. Após alguns minutos de desespero por estar sem bagagem e sem dinheiro, enfim localizamos as malas e o rapaz que iria fazer nosso translado.O rapaz falava português e nos conduziu até o carro que nos levaria ao hotel.

Foi aí­ que desembolsamos a primeira de muitas gorjetas (tí­nhamos uns 300 dólares em espécie). Chegando ao hotel, já passamos por um enorme cassino ate chegar ao hall. Ao fazer o check-in, pagamos a taxa de resort que não está embutido no pacote. Tivemos que passar no cartão de crédito, pois não aceitam dinheiro em espécie. Uma forma de ficarem com dados do cartão para arcar possíveis despesas geradas. Deixamos nossa bagagem no quarto, trocamos de roupa e fomos para a rua. Compramos um bilhete de ônibus que valia por três dias e descemos quase na outra ponta da Strip, em frente a uns dos primeiros hotéis da rua, o MGM e o New York-New York. Ficamos tão admirados com a grandeza e beleza dos hotéis que não sabí­amos o que fazer. Fomos passando de um hotel para o outro, sempre tirando foto de tudo. Já í  noite, não tí­nhamos mais forças para andar, pois tí­nhamos viajado sem dormir (saí­mos do Brasil no dia anterior). Então pegamos um ônibus de volta ao hotel. Nosso hotel, o Stratosphere, é conhecido por ser a maior torre da cidade e por ter, no seu topo, brinquedos radicais.

2º dia:

Acordamos cedo, comemos algumas coisas que haví­amos levado na mala por precaução, e fomos até o banco Chassi para tentar sacar o nosso dinheiro com o cheque que o nosso amigo tinha enviado para o hotel. Depois de muita conversa, usando o tradutor do celular, conseguimos.

Como o banco era mais afastado, pegamos um taxi para nos levar na famosa placa que contém os dizeres: “Welcome to Las Vegas”.

Tiramos a tradicional foto e pegamos um ônibus que nos levou para o meio da Strip. Descemos em frente ao Hotel Bellagio, famoso por sua dança das águas que, por sinal, é imperdí­vel. São músicas que tocam e cada uma possui sua própria coreografia e interpretação com jatos de água. O hotel já foi cenário dos filmes: Onze Homens e Um Segredo e Treze Homens e Um Novo Segredo. Entramos no hotel e novamente aquela aflição de ver tanta coisa linda e tanta informação. Fotografamos tudo e voltamos para assistir mais um espetáculo das águas antes de partir para o próximo hotel.

Fomos, então, ao hotel Paris. Lá você se sente literalmente na França, diante das réplicas dos principais pontos turí­sticos da cidade que dá nome ao hotel. Subimos em um elevador panorâmico que nos levou ao topo da Torre Eiffel. De lá é possí­vel ver toda a cidade de cima e foi aí­ que tivemos a real dimensão do tamanho dos hotéis. Paramos para almoçar em um restaurante mexicano e seguimos para o próximo hotel. Vale frisar que, devido a  grandiosidade dos hotéis, tudo que se faz é um pouco demorado. Para passar de um hotel para o outro leva muito tempo.

Visitamos mais alguns hotéis e no final da tarde voltamos para nosso hotel, pois irí­amos sair para festa a  noite.

Fomos a boate Omnia, localizada no hotel Caesar Palace (hotel onde foram feitas as gravações de filmes como: se beber não case). Escolhemos a noite que teve apresentação do DJ Calvin Harris. Nunca vimos nada igual no Brasil. É impressionante a estrutura, iluminação, limpeza, segurança e organização. Vale a visita.

Na hora de ir embora, após tentar a sorte em um joguinho no cassino do hotel, já que estávamos em Las Vegas, não podí­amos deixar de andar de limousine, que nos levou até o hotel.

3º dia:

Acordamos um pouco mais tarde, depois de uma longa noite de drinks na boate, descobrimos um Mc Donald’s no nosso hotel, que nos salvou por muitos momentos, e fomos para a Strip. Nesse dia visitamos a famosa roda gigante, a maior do mundo. A panorâmica, leva 30 minutos para completar sua volta e você entra nela em movimento. Linda vista e ótimo passeio. Posteriormente, fomos ao hotel Venetian. Após conhecer o hotel, fizemos o passeio de gôndola que, por sinal, tem um precinho bem salgado. Mas para nós valeu a pena, pois querí­amos fazer tudo que era novidade e podí­amos. Saindo de lá fomos ao museu de cera Madame Trussard. Nos sentimos diante de grandes celebridades, de tão perfeito que são as estátuas de cera. Fomos, então, procurar informação sobre aluguel de carro, pois querí­amos ir ao Grand Canyon no dia seguinte.

No meio da tarde fomos ao Outlet North. Ficamos desnorteados com tanta loja e com os preços que, mesmo com o dólar alto, eram atrativos. Na noite fomos assistir ao magní­fico espetáculo “Óz”, do Cirque du Soleil, que se dá em um belo teatro do hotel Ballagio. Surpreendente e encantador. Com seu palco hora seco, hora molhado, em um balé de corpo e água, é uma imperdí­vel atração da cidade.

4º dia:

Alugamos um Camaro conversí­vel vermelho. Era nossa oportunidade de andar de conversí­vel no deserto.O valor do aluguel foi de $200, nada muito acima dos demais carros disponí­veis. Achamos um pouco estranho, pois ninguém confere o carro em nenhum momento.

Após muita dificuldade para abrir a capota do carro, finalmente encontramos uma pessoa que nos auxiliou. Partimos, então, pela estrada em sentido ao Arizona. O Grand Canyon West, lado mais próximo de Las Vegas, fica cerca de 2 horas e meia da cidade do pecado. Experiência e visual indescrití­veis. Saí­mos do meio da cidade e estávamos no meio do deserto. Ficamos tão empolgados que erramos o caminho do Grand Canyon e chegamos já com os passeios encerrados.

Voltamos para Las Vegas, passamos pela Fremont Street, segunda principal rua da cidade, onde é permitido apenas o tráfego de pedestres, e paramos no estacionamento de um dos hotéis da Strip. O acesso aos estacionamentos de todos os hotéis é livre e pode parar sem custo, independente se você está hospedado. Passeamos pela avenida, tiramos fotos com alguns personagens fantasiados que ficam na rua em troca de gorjetas e fomos jantar em um restaurante que também tem no Brasil, na intenção de encontramos comida semelhante a  nossa, o Outback.

5º dia:

Acordamos bem cedo e fomos devolver o carro. A entrega é feita sem nenhuma dificuldade. Então só parar no estacionamento do hotel que alugamos o veí­culo e depositar as chaves em uma caixa que fica próxima ao elevador.

Decidimos, então, alugar outro carro menos luxuoso e mais barato e ir novamente ao Grand Canyon, já que não conseguimos visitar no dia anterior.

Aproveitamos a viagem e passamos pela Represa Hoover Dam, que fica no meio do caminho, entre os estados de Nevada e Arizona, no rio Colorado. A represa foi criada para abastecer de água toda a cidade de Las Vegas, que fica no meio do deserto. A Barragem de Hoover é considerada o maior projeto dos Estados Unidos da América e já foi cenário de vários filmes famosos.

Chegando ao ponto de entrada para visitação do Grand Canyon e, após comprar os tickets que davam direito aos ônibus que nos levariam aos principais pontos e a uma refeição, embarcamos no ônibus. O ingresso para o parque incluindo a Skywalk custou US$ 81.

A primeira parada foi em uma cidade fantasma. Sentimos como se estivéssemos em um filme de faroeste. O lugar é cheio de carroças, cavalos, construções estilo faroeste e tem até um xerife. Você pode ficar o tempo que quiser. A cada 15 minutos tem outro ônibus pra te levar pra o próximo ponto ou de volta para a entrada. Após algumas fotos, embarcamos em outro ônibus que nos levou ao próximo ponto de parada. Nesse ponto podemos ver a altura dos Canyons e tirar fotos na beira do penhasco (bem perigoso, apesar de lindo).

Nessa parada que temos acesso ao skywalk, que é uma passarela de vidro suspensa onde você pode caminhar e ter uma sensação inexplicável e estar em cima do Grand Canyon. Lá não podemos entrar com nossas câmeras. As fotos são feitas pelos fotógrafos e vendidas separadamente. A próxima parada tem uma trilha muito bacana, onde você pode subir e ver a vista mais isoladamente, uma sensação espetacular. De lá você tem o privilégio de ter vista panorâmica espetacular do Canyon e do Rio Colorado. Para quem quer fugir um pouco dos grandes cassinos e shows em Las Vegas e aproveitar a viagem, uma dica é fazer esse passeio até o Grand Canyon West, no Estado do Arizona.

6º dia:

Tiramos o último dia para visitar alguns pontos favoritos novamente, como a roda gigante, e ir ao Minus 5º Ice Bar, que é um incrí­vel bar todo feito de gelo e com a temperatura por volta dos cinco graus negativos. As cadeiras, o bar, o chão, as paredes e até os copos são feitos de gelo. Posteriormente fomos comprar algumas lembrancinhas e voltamos ao Outlet para comprar mais algumas coisinhas com o dinheiro que sobrou.

No final do dia ficamos por conta de arrumar as malas para voltar ao Brasil e passeamos pelo nosso hotel, para conhecer o restaurante com vista panorâmica e os brinquedos radicais que ficam no topo da torre do hotel (não tivemos coragem de andar em nenhum).

Algumas considerações:

1- Não fomos para a Califórnia, como haví­amos planejado, pois Las Vegas tem uma vasta variedade de atrações interessantí­ssimas. Decidimos, então, mudar o roteiro e conhecer tudo que poderí­amos na cidade do que perder horas na estrada indo a Califórnia para conhecer rapidamente pontos turí­sticos.

2- Tudo é imensamente grandioso na cidade (sim, com pleonasmo para dar ênfase). Nada é feito rapidamente, nem mesmo ir de um hotel ao outro.

3- A comida é muito diferente da nossa no Brasil. Não encontramos arroz e feijão e ninguém sabia o que era. A maior parte da comida ofertada é gordurosa e com bacon, muitas vezes, também, puxando a cultura mexicana. A maior parte do tempo comí­amos Mc Donald”™s.

4- Coisas para fazer e conhecer é o que não falta. Como nunca tí­nhamos viajado ao exterior, juntamos o máximo de dinheiro possí­vel para levar. Dá para se divertir e conhecer com pouco dólar. Mas o tanto que você levar será o quanto irá gastar. Tem diversão para todos os bolsos.

5- É costumeiro o uso de gorjetas para tudo.

6- Todas as pessoas tiveram boa vontade em nos ajudar e em nos atender, muitas vezes arriscando falar um “portunhol” para que entendêssemos, em virtude de não falarmos muito bem o inglês.

7- As pessoas só atravessam na faixa e com o sinal verde para os pedestres, independente se não estiver vindo carro. Ouvi dizer que há multa para quem descumprir.

@marinahguedes